domingo, março 14, 2010

Defender o rito tradicional latino-gregoriano é defender a vida humana


O rito latino-gregoriano, sendo o rito comum, perpetuamente válido e irrevogável da Igreja do Ocidente, está acima de quaisquer contingências temporais, e é por isso também um rito sempre jovem, actual e ultramoderno, que constitui a forma mais radical de se ser antimoderno. São enormes as potencialidades que estão inerentes ao seu génio, entre as quais, em plano de evidência, a defesa da vida humana a partir do momento da concepção.

De facto, urge não esquecer o teor do sábio brocardo latino " Lex Orandi, Lex Credendi, Lex Vivendi", ou seja, a forma como se reza exprime o modo como se crê, e o modo como se crê expressa a maneira como se vive. Assim, enfatizando o rito latino-gregoriano magistralmente as verdades fundamentais de fé e moral católicas, rezar segundo aquele é exprimir a crença em tais verdades (entre as quais, a da defesa da vida humana inocente), em reflexo do próprio estilo de vida religiosa e moral de quem crê. Deste modo, percebe-se por que motivo os hereges progressistas, inimigos denodados das verdades de fé e moral católicas, bem como do magistério extraordinário e ordinário constante da Igreja, são outrossim os principais inimigos do rito latino-gregoriano, hostilizando-o tanto quanto lhes é possível: este, por ser a expressão pública máxima daquelas verdades, é-lhes insuportável.

Sem prejuízo, mesmo nos meios católicos tradicionais, não está totalmente compreendido o valor catequético do rito tradicional e a sua importância para a defesa da vida humana e para o combate antiaborcionista; portanto, deixo à consideração dos meus leitores um interessante artigo escrito por Deborah Morlani, colaboradora do "New Liturgical Movement" que se tem dedicado a aprofundar este assunto, bem como uma entrevista fundamental de Sua Eminência o Cardeal Cañizares, sobre o mesmo tema, concedida ao extraordinário Life Site News.

Lidas tais recomendações, acredito ser lícito perguntar: não se terá devido o grande avanço das legislações aborcionistas nos últimos quarenta anos, em especial nos países outrora católicos, também à marginalização sofrida durante o mesmo período de tempo pelo rito tradicional?...

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