terça-feira, janeiro 12, 2010

Da deriva totalitária secularista

Com a consagração legislativa dos emparelhamentos de homossexuais, o actual poder político socialista confirma - depois da aprovação na anterior legislatura do divórcio por vontade unilateral de um dos cônjuges e do aborto a simples pedido - haver enveredado por uma deriva totalitária secularista e anticristã, cujo fundamento basilar é a crença supersticiosa e irracional no poder absoluto e ilimitado da lei positiva humana. Libertada esta última de qualquer subordinação a uma ordem superior plasmada na existência das leis divinas e moral, o legislador, mais do que em engenheiro social, transforma-se num demiurgo que supõe com arrogância ter o poder de modificar a verdade e a realidade à medida dos seus caprichos de cada momento. Deste modo, e perante esta ordem de coisas, o mesmo legislador tanto pode decretar hoje que o casamento é a união entre duas pessoas independentemente do seu sexo, como amanhã determinar que uma figura geométrica com dois lados é um triângulo. E assim sucessivamente, subindo cada vez mais degraus da escadaria do absurdo.

Ora, é fácil de constatar aonde conduz a crença em análise: foi ela que gerou os totalitarismos revolucionários nacional-socialista e comunista que marcaram o século XX com milhões de mortos; é também ela que dará origem - caso a Providência Divina não se lhe oponha - à futura nova ordem mundial que dominará ferreamente o século XXI, numa base totalitária neo-ateísta e com muitos milhões de mortos mais (ver aqui e aqui), e que outra coisa não será do que a república universal do Anticristo, da qual apenas o Rei, em pessoa e em reclamação do seu Reino, nos conseguirá libertar.

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