sexta-feira, abril 04, 2008

Más notícias dos bispos portugueses (para variar...)


Os bispos portugueses voltaram a dar um ar da sua pouca graça: aos pedidos de mudança na Igreja Católica em Portugal solicitados por Sua Santidade o Papa Bento XVI, responderam com a reeleição para presidente da Conferência Episcopal de Portuguesa, de D. Jorge Ortiga, Arcebispo-Primaz de Braga, público crítico do Motu Proprio "Summorum Pontificum" e da restauração da Missa tradicional.

Na primeira entrevista que concedeu após tal reeleição, e face aos últimos desenvolvimentos da ofensiva de descristianização da sociedade portuguesa que o governo socrático continua a concretizar, de que o paradigma mais recente é o divórcio"simplex", Sua Excelência Reverendíssima veio bradar escandalizado que o Estado democrático não pode ser ateu, demonstrando à saciedade não perceber absolutamente nada de relações entre causas e efeitos, dado estar com o espírito invadido pela heresia anticonstantinista da "nova cristandade", ao invés de se manter fiel à doutrina católica tradicional da Realeza Social de Cristo.

Ora, o Estado democrático, precisamente porque é democrático e não conhece outro limite à sua actuação que não os caprichos arbitrários de cada momento da vontade popular, não só pode ser perfeitamente ateu - e o mais natural é que o seja -, como ademais ir mais longe e ilegalizar a Igreja Católica, criminalizar a prática religiosa e puni-la com pesadas penas de prisão ou com a morte. Tal aconteceu no século XX, na Rússia Soviética, no México, na Espanha republicana, e tudo indicia que irá suceder de novo no século XXI, como já se antevê das vozes de alguns agentes provocadores que não costumam dar ponto sem nó. O "Sermon del Cura Loco", desse enviado de Deus e autêntico profeta dos tempos modernos que foi o Padre Leonardo Castellani, está cada vez mais actual.

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