segunda-feira, outubro 15, 2007

A Beata Jacinta de Fátima, o Papa Bento XVI e as reacções ao "Summorum Pontificum"

Em Agosto de 1941, na sua 3ª Memória, a Irmã Lúcia narrou a visão que a Beata Jacinta teve do Santo Padre, em 1917, na Cova da Iria, Fátima, nos precisos termos em que esta lhos contou: "Não sei como foi! Eu vi o Santo Padre numa casa muito grande, de joelhos diante de uma mesa, com as mão na cara a chorar. Fora de casa estava muita gente, e uns atiravam-lhe pedras, outros rogavam-lhe pragas, e diziam-lhe muitas palavras feias."

Como não reflectir nestas palavras, no exacto momento em que se comemora o nonagésimo aniversário das Aparições de Fátima, e de Roma chegam notícias do extremo agastamento com que Sua Santidade o Papa Bento XVI tem recebido as reacções muito negativas de boa parte dos membros do colégio dos bispos à promulgação do Motu Proprio "Summorum Pontificum"? Em 1917, quem poderia dizer que entre aqueles que um dia atirariam pedras ao Papa, lhe rogariam pragas e chamariam palavras feias, se encontraria parte não despicienda do episcopado mundial?...

Bastante desagradado com tais atitudes e as tentativas de diversas conferências episcopais (Itália, Polónia, Alemanha e Suíça), bem como de muitos outros bispos pelo mundo fora - entre os quais, o Patriarca de Lisboa - de ignorar, restringir e sabotar a aplicação do "Summorum Pontificum", Sua Santidade prepara-se para publicar uma instrução interpretativa do "Motu Proprio" com o fito de restringir os restringentes e repô-lo no lugar que lhe é devido por expressa vontade papal.

Entretanto, numa linguagem bem forte e dura, em total conformidade com o "sim, sim, não, não" evangélico e demonstrativa de que em Roma as coisas estão realmente a mudar, Monsenhor Malcolm Ranjith, que já apresentámos aos nosso leitores, definiu os opositores do "Motu Proprio" - e com propriedade - como "instrumentos do demónio"! Eis aqui um verdadeiro homem de Igreja, bem merecedor do barrete vermelho cardinalício já no próximo consistório!

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